Porcos a andar de bicicleta.

As pessoas costumam pensar que são os clubes que corrompem os arbitros. Vêm-nos como virgens a quem foi corrompido o imaculado hímen. Como santos padres possuídos pela volúpia pagã, como anjos caídos em desgraça, tombados pelos prazeres materiais com que os clubes, essas instituições do imundo, acenam às suas carnes. Os clubes são os prevaricadores, os activos nesta dialéctica sórdida e escorregadia.

Mas proponho que se tome em consideração a hipótese de serem os árbitros as serpentes que convencem os clubes a trincarem o fruto "proibido". Ou ainda: árbitros que tomam decisões sem ter em conta o prejuízo que provocam ao clube em particular e ao futebol em geral, apenas para aparecer no jornal, para ter os holofotes a eles apontados, para satisfazer uma vaidade que não conhece satisfação.

Imaginem uma Liga ou Federação que vende esse tipo de serviços: penalty's, foras-de-jogo, sumaríssimos... árbitros encomendados... É muito mais fácil pensar que há um clube que tutela isso tudo, um grupo de pessoas privadas, uma média, grande empresa de pessoas sem escrupulos que tentou corromper os virginais dirigentes do futebol, que imaginar que um organismo público como a Federação ou a Liga sejam os dinamizadores do lodaçal...

Por mim limpava-os a todos.

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