O Anti - Eusébio

Sem caracóis lubrificados ou gravatas ridículas, sem fazer a contagem dos dias sem a Casa das Transferências, sem lembrar de semana a semana e hora a hora a importância dos meios tecnológicos na arbitragem do futebol, sem fazer perguntas que só por si condicionam uma resposta, sem querer fazer papel de perito em treino desportivo, em arbitragem, em gestão desportiva, em futebol jogado num só acto, este blog vai para a blogosfera com o objectivo de tratar as coisas pelos nomes: fruta é fruta, café é café. Puta é puta, corrupção sempre é!

Depois do vergonhoso capítulo de ontem já "nomeado" pelo meu colega e amigo Jorge "Animal", queria escrever sobre alguém que, com o andar da procissão, vai permanecendo mais ou menos acima de qualquer suspeita, incrivelmente, pois qualquer ser com 2 olhos e uma testa de 'sapiens' percebe que está ali alguém que é incompetente, corrupto e fraco. Falo do presidente da Federação Portuguesa de Futebol. Todos sabem quem é, só a eventual confusão com a mascote da Expo, o Gil, poderia evitar dizer que se trata de Gilberto Madaíl.

Quem é Gilberto Madaíl?
Anteriormente apelidado de "porcaria na Federação" pelo prof. Carlos Queirós preside a este organismo desde que me lembro. E desde que me lembro que o futebol em Portugal não é nem nunca foi transparente. Fala-se do mal que fez o major Valentim Loureiro ao Boavista Futebol Clube e á Liga de Clubes, as influencias que moveu sabe-se la para quê. Mas o Boavista cresceu, e com ele cresceram os atletas que ali competiram: João Alves, Nogueira, Alfredo, Litos, Rui Bento, Jorge Couto, João Pinto, Nuno Gomes, Delfim, etc. So para citar alguns, a maior parte deles internacionais dezenas de vezes. Quero com isto dizer que o Boavista contribuiu para a Selecção Nacional como poucos contribuíram.
A Selecção Nacional cresceu á custa do talento de Figo, Rui Costa, Paulo Sousa, João Pinto, Fernando Couto e de Carlos Queirós como condutor de homens. Quando este ultimo bateu com a porta pelo cheiro imundo que saia de dentro da Federação, foi substituído por António Oliveira, criatura que dispensa apresentações, ou melhor, o irmão do principal gestor da SportInvest, ex-Olivedesportos, detentora dos direitos de transmissão da Liga. O seu sucesso foi relativo: se por um lado o talento de Figo e Cª emergiu, por outro a equipa não mostrou liderança contumaz. De seguida veio aquilo que agora me aparece como um prémio: foi entregue a Selecção ao homem que desmontou o Benfica. Os resultados foram miseráveis. Não me quero alongar nestes longos e sucessivos capítulos mas quero demonstrar que uma Federação exige mais profissionalismo que aquele que tem sido demonstrado. Quando Oliveira reapareceu foi um desastre. Scolari foi um bálsamo, um herói. Pouco depois de ter ido para o Chelsea apareceu o ingrato Madail, em praça publica a critica-lo. Concluindo: os méritos da formação de atletas têm sido pontuais e nunca de uma política federativa. Mas se no domínio da Selecção a gestão de Madail é duvidosa, as competências de uma Federação não se limitam a ela. Até meados da década de 90 a organização do 'campeonato' era da responsabilidade da FPF. Arbitragem inclusa. Se hoje se fala (pouca)na qualidade da arbitragem a que se deve? Quem forma os árbitros? Não deveria a Federação investir nesses técnicos? A Federação deixou de se responsabilizar com a arbitragem quando a Liga assumiu as rédeas, mas, estranho: eles mantém um CJ?! E os árbitros exibem insígnias da Liga ou das Associações de Futebol distritais? Hmm as mesmas AF que elegem o 'dr' Madail.
A minha proposta é a seguinte: concebam o Gil Madail como a plataforma que distribui as influencias, os poderes, compadrios, uma cornucópia do estrume mais fedorento que tem existido, uma espiral de corrupção que tem impedido o futebol nacional de se elevar mais do que tem capacidade para.

1 comentário:

Anónimo disse...

Deixa crescer a guedelha e grava-te a opinar...Qual Rui Santos!!!